HÁ UMA NOVA ONU!
O que dizer do momento atual em que o mundo vive? Eu posso afirmar que sou imensamente grato por estar vivendo aqui e agora. Há alguns anos organizamos uma missão de brasileiros para Portugal e neste ano, 2019, fomos mais de 200 pessoas presentes na mesma missão. Os brasileiros realmente descobriram que a inovação e a integração são ferramentas essências para a transformação do nosso país, bem como para um novo movimento mundial que já é consolidado, mas pouco percebido por muitos.
Temos assistido uma incrível transformação em nosso planeta e eu vejo este movimento como um retorno do ser humano ao centro. Veja bem, não como Deus, mas como protagonista de ações e transformações. Porém, aqui reside uma questão essencial: esta transformação não é apenas econômica ou cultural. Como humanidade, estamos entendendo a necessidade de estarmos juntos como um só povo para encararmos os desafios advindos da nossa evolução e da nossa consequente falta de conexão com o meio que vivemos.
Muitos dos desafios que precisamos encarar residem justamente em nossas ações. Aquecimento Global, poluição dos mares, alimento para todos, água limpa e disponível, preservação da floresta ou ainda da biodiversidade. Todos são temas relevantes e ligados ao nosso legado neste planeta.
Se estas são questões que precisamos encarar, então, como lidar individualmente como países com tais problemas? Eis que temos, diante de nós, o que chamo de “Nova ONU”. Sim, o movimento empreendedor que vi surgir na Europa e hoje reside em Portugal pode ser chamado de “Nova ONU”.
O Web Summit é, para mim, a possibilidade que temos como humanidade de alterar a roda de divisão entre nossos povos que criamos nas últimas gerações. Não acredito que seja simples ou ainda que seja poético achar que o que eu digo e escrevo é utopia. Acredito, sim, que podemos ser protagonistas desta transformação e, a nós, é dada a responsabilidade pois percebemos esta oportunidade.
Uma nova organização mundial, onde a solução dos problemas e o propósito de transformação tem como centro o Ser Humano. Este, como protagonista da criação desta nova humanidade capaz de, a partir de tudo que ela gera de ciência, tecnologia e soluções, transformar tudo e todos. Podemos, mas precisamos aceitar este desafio pois não temos mais tempo de delegar o que é urgente. Se queremos um mundo para nossos filhos, a jornada já devia ter começado há uma geração pelo menos.
Mais de setenta mil pessoas de diferentes nacionalidades juntas, em um único local, falando sobre inovação, cultura de startups e transformação. Nesta união de jornadas, forças, inteligências e expertises, o único lema desta nova formação global é: precisamos reconstruir nosso mundo e ressignificar nossa existência. Este movimento não tem retorno, pois congrega o que chamo de ‘Nova Consciência Global’, consciência essa que precisa de uma voz, uma vez que já possui uma assembleia geral.
A cada ano enxergamos no Web Summit, este horizonte de transformação onde, literalmente, vejo o ser humano como protagonista com todas as suas potencialidades. Viver sem entender o sentido da vida e seu propósito parece loucura neste novo horizonte que vejo.
Construir negócios sem consciência de um todo e sem pensar no bem-estar humano não será mais tolerado. A questão é simples: não há mais espaço para continuarmos nossa exploração da terra e seus recursos acreditando que eles são inesgotáveis. A terra sofre com dores do parto. E o filho desta dor surge como uma esperança para nossa geração e as gerações futuras.
No Web Summit, todas as nações representam apenas um povo, uma voz, um sonho. Se estamos nesta jornada juntos, temos que ser os protagonistas assumindo a responsabilidade pela transformação e evangelização dos demais. Jamais podemos esquecer que os principais inimigos de oposição a este movimento são as correntes que hoje tem sua lucratividade conectada ao lucro apenas ou ainda aos movimentos que utilizam como matriz fontes que não mais podemos aceitar.
Nesta nova jornada que presenciamos no Web Summit, estamos diante de uma nova nação global. Ou nos empoderamos deste movimento reescrevendo boa parte do que aprendemos até hoje ou seremos julgados pela história. Quero ser protagonista e não vítima. Que mais pessoas sejam tocados para transformar o mundo.
Bem-vindo ao Web Summit!
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