O custo de vida em Portugal mudou: confira as novas atualizações

Portugal tem sido um destino cada vez mais procurado por brasileiros e outros estrangeiros em busca de uma vida com mais qualidade, segurança e oportunidades.
No entanto, nos últimos anos, o custo de vida no país sofreu mudanças significativas, refletindo os impactos da inflação, da alta demanda por moradia e da recuperação econômica pós-pandemia.
Se você está planejando se mudar para Portugal ou simplesmente deseja entender como essas mudanças afetam o dia a dia dos residentes, este artigo traz um panorama atualizado e detalhado sobre o tema.
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Aumento geral no custo de vida
O custo de vida em Portugal sofreu um aumento considerável nos últimos anos, impactando desde os preços de bens essenciais até os custos com moradia e serviços.
A inflação, que vinha sendo controlada há décadas, teve picos recentes, elevando os preços de produtos de consumo diário, como alimentos, combustíveis e energia elétrica.
O crescimento do turismo e do interesse internacional no país, a demanda por habitação subiu, levando os aluguéis a valores inéditos em cidades como Lisboa e Porto.
Outro fator que contribuiu para esse aumento é a reestruturação do mercado de trabalho e dos salários.
Apesar do aumento do salário mínimo, que atualmente está em 820 euros mensais, os reajustes salariais não acompanharam o ritmo da inflação, tornando mais difícil manter o mesmo padrão de vida sem ajustes financeiros.
O custo da energia também aumentou, principalmente devido à crise energética europeia, elevando as contas de eletricidade e gás.
Moradia: Desafios e oportunidades
A habitação tem sido um dos aspectos mais críticos do aumento do custo de vida em Portugal. O crescimento da procura por imóveis, tanto para compra quanto para aluguel, impulsionou os preços para patamares históricos.
Lisboa e Porto, principais centros urbanos do país, enfrentam um verdadeiro dilema habitacional, com preços médios de aluguel que ultrapassam os 1.200 euros para apartamentos de um quarto em áreas centrais. Em bairros nobres, os valores podem ser ainda mais elevados.
Por outro lado, cidades menores e regiões do interior ainda apresentam valores mais acessíveis. Locais como Évora, Viseu e Bragança têm atraído residentes que buscam uma melhor relação custo-benefício.
Algumas iniciativas do governo português tentam amenizar a crise imobiliária, incluindo programas de incentivo à habitação acessível e medidas para limitar o impacto do turismo excessivo sobre o mercado imobiliário.
No entanto, a procura por imóveis segue elevada, tornando essencial que novos residentes pesquisem bem antes de escolher onde morar.
Alimentação: Supermercados e restaurantes
Os custos com alimentação também sofreram impactos diretos da inflação. Nos supermercados, os preços de itens básicos como carne, leite, ovos e pães tiveram aumentos significativos nos últimos anos.
Uma família de quatro pessoas que antes gastava cerca de 250 euros por mês em compras de mercado pode agora precisar desembolsar entre 300 e 400 euros para manter o mesmo padrão alimentar.
Nos restaurantes, a situação não é diferente. Embora Portugal ainda ofereça opções acessíveis de refeições, como os famosos “pratos do dia” por 10 a 15 euros, os preços em estabelecimentos mais sofisticados podem facilmente ultrapassar 30 euros por pessoa.
Como alternativa, muitas pessoas têm optado por cozinhar mais em casa para reduzir os gastos com alimentação fora.
Transporte: Mobilidade e despesas
O transporte é outro fator relevante no cálculo do custo de vida em Portugal. As grandes cidades contam com boas redes de transporte público, com passes mensais que variam entre 40 e 50 euros, dependendo da região.
Para quem vive nos arredores de Lisboa e Porto, os passes intermunicipais custam um pouco mais, mas ainda são uma opção mais barata do que manter um carro próprio.
Por outro lado, os custos com combustíveis e manutenção de veículos subiram significativamente. O preço da gasolina, por exemplo, está entre os mais altos da Europa, oscilando em torno de 1,80 a 2,00 euros por litro.
Para quem precisa se locomover com frequência e depende de carro, essa despesa pode pesar bastante no orçamento.
Saúde: Sistema público e particular
O sistema de saúde português é reconhecido pela sua qualidade e acessibilidade. O Serviço Nacional de Saúde (SNS) oferece atendimento gratuito ou de baixo custo para residentes, com consultas médicas que custam cerca de 5 euros e exames a preços subsidiados.
No entanto, as longas filas de espera em hospitais públicos têm levado muitas pessoas a recorrerem ao sistema privado.
Os seguros de saúde privados tornaram-se uma alternativa comum, com planos mensais que variam de 30 a 100 euros, dependendo da cobertura escolhida. Para quem busca rapidez no atendimento e acesso a hospitais particulares, investir em um seguro pode ser uma escolha estratégica.
Lazer e cultura: Opções acessíveis
Apesar do aumento do custo de vida, Portugal ainda oferece inúmeras opções de lazer acessíveis. O país conta com praias gratuitas de excelente qualidade, além de parques e áreas verdes que não exigem grandes gastos para se aproveitar.
Os museus e atrações culturais muitas vezes oferecem dias de entrada gratuita, permitindo que moradores e turistas explorem a rica história e arte do país sem gastar muito.
O custo de entretenimento, como cinema e eventos, também sofreu reajustes. O ingresso médio de cinema custa entre 7 e 10 euros, enquanto shows e espetáculos podem variar bastante, dependendo do artista ou local do evento.
Para quem deseja economizar, uma alternativa é aproveitar as programações culturais das prefeituras, que frequentemente incluem apresentações gratuitas.
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Comparativo com o Brasil: Diferenças e semelhanças
Muitos brasileiros que cogitam morar em Portugal se perguntam como o custo de vida no país se compara ao do Brasil.
Em termos gerais, o custo de vida em cidades como Lisboa e Porto pode ser similar ao de São Paulo ou Rio de Janeiro, especialmente quando se leva em conta moradia e alimentação.
No entanto, aspectos como saúde pública de qualidade, segurança e infraestrutura equilibram a balança e tornam Portugal um destino mais atraente.
O poder de compra em Portugal tende a ser mais equilibrado, uma vez que os salários podem parecer baixos à primeira vista, mas a estabilidade econômica e os subsídios governamentais ajudam a equilibrar o custo-benefício.
Serviços essenciais, como transporte e saúde pública, costumam ser mais eficientes e acessíveis quando comparados ao Brasil, reduzindo gastos extras e proporcionando maior qualidade de vida.
Por outro lado, cidades menores em Portugal tendem a oferecer um custo de vida mais baixo que os grandes centros urbanos brasileiros.
A estabilidade econômica do país e a previsibilidade de preços também são vantagens para quem deseja ter uma vida financeira mais controlada.
Contudo, é importante considerar que o custo inicial de adaptação pode ser alto, especialmente para quem chega sem emprego fixo ou rede de apoio.
Planejamento financeiro e uma boa pesquisa sobre o estilo de vida são essenciais para quem deseja fazer essa transição da forma mais tranquila possível.
O custo de vida em Portugal tem passado por mudanças significativas, mas o país continua sendo uma opção atraente para quem busca qualidade de vida, segurança e oportunidades.
Planejamento financeiro e pesquisa detalhada são essenciais para quem deseja se mudar e se adaptar ao novo cenário econômico. Apesar dos desafios, Portugal segue sendo um dos destinos mais desejados pelos brasileiros que sonham em viver na Europa.
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Forte abraço e deixe seu comentário para nós.
Sobre o autor,
Benício Filho – Formado em eletrônica, graduado em Teologia pela PUC SP, e Filosofia pela universidade Dom Bosco, Mestre pela Universidade Metodista de São Paulo na área de Educação, MBA pela FGV em Gestão Estratégica e Econômica de Negócios, pós-graduado em Psicanálise pelo Instituto Kadmon de Psicanálise. Atua no mercado de tecnologia desde 1998. Fundador do Grupo Ravel de Tecnologia, Sócio da Core Angels Atlantic (Fundo de Investimento Internacional para Startups), sócio fundador da Agência Incandescente, e sócio fundador da Atlantic Hub e do Conexão Europa Imóveis ambos em Portugal, atua como empresário, escritor e pesquisador das áreas de empreendedorismo, mentoring, liderança, inovação e internacionalização. Em dezembro de 2019, lançou o seu primeiro livro “Vidas Ressignificadas”, em dezembro de 2020 seu segundo “Do Caos ao Recomeço”, e em janeiro de 2022 o último publicado “ Metamorfose Empreendedora”.
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