O que esperar de Portugal em 2022
Com as novas ondas de COVID-19 pelo mundo atingindo também terras lusitanas, é normal nos perguntarmos qual será o futuro de Portugal social e economicamente. Não se preocupe, pois juntamos todas as previsões para o próximo ano num só artigo e já podemos adiantar boas notícias: o país está tomando todas as medidas necessárias para conter o vírus e tem previsões de crescimento animadoras para 2022.
Economia
A economia portuguesa deverá crescer 5,1% em 2022, abrandando o ritmo de crescimento para 1,8% em 2023, de acordo com as revisões em alta divulgadas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). Segundo as Previsões Econômicas Mundiais conhecidas hoje, o FMI aponta ainda que a economia portuguesa cresça 2,3% no quarto trimestre de 2022.
As previsões contrastam com as divulgadas hoje pelo Governo no âmbito do Orçamento do Estado, que apontam para um crescimento de 5,5% no ano que vem.
Quanto à inflação, a instituição sediada em Washington aponta para uma décima de crescimento por ano nos próximos tempos, começando nos 1,2% este ano, 1,3% no próximo e culminando nos 1,4% em 2023. Já as previsões do Governo para o aumento dos preços apontam para uma estabilização nos 0,9% em 2021 e 2022.
O FMI espera ainda que o saldo da balança corrente portuguesa seja de -1,7% do Produto Interno Bruto (PIB) este ano, -2,1% do PIB em 2022 e chegue a -1,1% em 2026. Na semana passada, o Banco de Portugal manteve a perspetiva de crescimento econômico nos 4,8% para 2021, à semelhança do que tinha feito no Boletim Econômico de junho.
Para 2022 ainda não são conhecidas as previsões do Banco de Portugal, mas a OCDE aponta para um crescimento de 4,9%, e a Comissão Europeia e o Conselho das Finanças Públicas esperam também 5,1%, à semelhança do FMI.
COVID-19
Portugal voltou em 1º de dezembro ao estado de calamidade. Assim, o governo pode tomar medidas para controlar os casos de covid-19. O uso de máscaras continua obrigatório em locais fechados e o certificado de vacinação digital passa a ser exigido em hotéis, restaurantes e eventos.
O governo trouxe um plano de medidas restritivas para as festividades de fim de ano. Entre as restrições, está uma semana de confinamento no início de janeiro. As escolas só voltam a funcionar em 10 de janeiro. Na 1ª semana do mês, bares e discotecas estarão fechados e o home office será obrigatório. A semana de 2 a 9 de janeiro será de “contenção de contatos” depois do período de Natal e Ano Novo.
O país também exigirá que viajantes apresentem teste negativo para a covid-19. Caso a medida não seja adotada, haverá sanções fortemente agravadas para as companhias de aviação, passando pela possibilidade de suspensão das licenças de voos. Empresas de segurança privada vão fazer verificação sistemática, e já não aleatória de todas as entradas em Portugal.
O governo recomendou a testagem regular antes de reuniões familiares nas vésperas das festas de fim de ano e espera que logo a situação seja controlada novamente.
Setor Imobiliário
O mercado do imobiliário mostrou resiliência durante a crise pandêmica e o presidente da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP), Paulo Caiado, acredita que a tendência se manterá no próximo ano, ainda que existam preocupações, como o fim das moratórias ou dos Vistos Gold em Lisboa e no Porto.
Contra todas as expectativas iniciais sobre o impacto da Covid-19, o setor imobiliário português conseguiu apresentar soluções e o mercado respondeu com confiança. As obras de construção não pararam e mesmo na mediação imobiliária, apesar das quebras no primeiro confinamento, rapidamente foi possível assistir a um crescimento. Os preços permaneceram estáveis e também não vimos uma quebra nas vendas das casas.
Apesar do final da concessão de Vistos Gold nas Áreas Metropolitanas de Lisboa e Porto e zonas costeiras no final deste ano, Portugal será sempre um país atrativo para investir em diferentes tipos de soluções imobiliárias.
Não falamos só em matéria de habitação de luxo para estrangeiros. Os grandes grupos financeiros e fundos internacionais continuam a investir em Portugal e vão continuar. Em todos os segmentos do mercado, os preços são mais baixos do que na maioria dos países da Europa e dos outros destinos internacionais.
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