Seguro saúde: como funciona em Portugal
Os planos de seguro saúde pagos pelos empregadores estão em franco crescimento e são tidos como cada vez mais importantes para atrair e reter funcionários. No entanto, as empresas estão enfrentando desafios no que diz respeito ao aumento dos custos desses planos; uma realidade em todo o mundo e à qual Portugal não escapa.
AUMENTO NOS CUSTOS DOS PLANOS DE SEGURO SAÚDE
As despesas com o seguro saúde representam um dos maiores gastos que as empresas têm com os funcionários e cada vez mais empregadores oferecem planos aos seus colaboradores, estendendo frequentemente os benefícios a cônjuges e filhos.
De acordo com o Relatório de Tendências Globais dos Custos de Saúde 2020 (Aon), em 2020, o custo das empresas portuguesas com os planos de saúde dos seus colaboradores aumentou cerca de 3.5%, superando a taxa de inflação estimada para o ano em 1.7%. A nível global, esses custos aumentaram cerca de 8% diante da generalização dos benefícios de saúde e um ligeiro aumento previsto na inflação geral.
Mas o que está por trás do aumento dos custos com planos de saúde?
Existe um crescente impacto das doenças crónicas nos custos com saúde para as empresas em todo o mundo. Na Europa, as doenças cardiovasculares, câncer, perturbações músculoesqueléticas, diabetes e a elevada pressão arterial são as patologias que mais contribuem para o aumento dos custos.
Em relação ao tipo de despesas médicas, globalmente, os custos com hospitalização e cirurgias são apresentados como os mais importantes para as empresas, seguidos pelos custos com meios auxiliares de diagnóstico (que incluem exames e análises clínicas), prescrição de medicamentos, tratamentos médicos em regime ambulatório e maternidade.
O Relatório de Tendências Globais dos Custos de Saúde 2020 indica também a prevalência de determinados riscos que estão aumentando os custos de saúde para as empresas.
CONTROLANDO GASTOS COM SEGURO SAÚDE
Os maus hábitos de vida, o aumento dos preços dos medicamentos e o envelhecimento da população encarecem a saúde dos trabalhadores. A boa notícia é que a maioria destes fatores de risco podem ser prevenidos e mitigados através da implementação de estratégias focadas na prevenção e no bem-estar, que vão muito para além de um simples seguro saúde tradicional.
As empresas precisam entender o impacto que a saúde e o nível de bem-estar dos colaboradores podem ter nos seus negócios. Nesse aspecto, a evolução tem sido muito positiva: estudos anteriores realizados pela Aon mostram que cerca de 95% das empresas das regiões da Europa e Médio Oriente reconhecem a correlação entre saúde e desempenho dos colaboradores.
Para evitar o crescimento dos custos médicos as empresas devem introduzir programas de redução de custos e prevenção, que podem incluir:
– Marcação de check-ups;
– Fornecer tratamento médico de qualidade;
– Facilitar o acompanhamento de doenças crónicas;
– Prevenir e reduzir o risco de acidentes e doenças;
– Programas de coaching para ajudar os funcionários a entender riscos para a sua saúde;
– Acesso a academias;
– Intervenções de bem-estar (massagens, comida saudável, etc.).
Uma abordagem preventiva e personalizada, baseada em cada funcionário, garantirá aos empregadores melhores perspectivas de mudança nos comportamentos menos saudáveis dos seus trabalhadores.
Os valores de contratação do seguro de saúde em Portugal variam de acordo com a idade e número de pessoas na família e histórico de saúde.
Sobre o autor,
Benício Filho – Formado em eletrônica, graduado em Teologia pela PUC SP, com MBA pela FGV em Gestão Estratégica e Econômica de Negócios, pós-graduado em Vendas pelo Instituto Venda Mais, Mestrando pela Universidade Metodista de São Paulo na área de Educação e pós-graduado em Psicanálise pelo Instituto Kadmon de Psicanálise. Atualmente também está concluindo o curso de bacharelado em Filosofia pela universidade Salesiana Dom Bosco. Atua no mercado de tecnologia desde 1998. Fundador do Grupo Ravel de Tecnologia, Cofundador dá Palestras & Conteúdo, Sócio da Core Angels (Fundo de Investimento Internacional para Startups), sócio fundador da Agência Incandescente, sócio fundador do Conexão Europa e da Atlantic Hub (Empresa de Internacionalização de Negócios em Portugal), atua também como Mentor e Investidor Anjo de inúmeras Startups (onde possui cerca de 30 Startups em seu Portfólio), além de participar de programas de aceleração como SEBRAE Capital Empreendedor, SEBRAE Like a Boss, Inovativa (Governo Federal) entre outros. Palestrando desde 2016 sobre temas como Cultura de Inovação, Cultura de Startups, Liderança, Empreendedorismo, Vendas, Espiritualidade e Essência, já esteve presente em mais de 230 eventos (número atualizado em dezembro de 2020). É conselheiro do ITESCS (Instituto de Tecnologia de São Caetano do Sul), bem como em outras empresas e associações. Lançou em dezembro de 2019 o seu primeiro livro “Vidas Ressignificadas” e em dezembro de 2020 “Do Caos ao Recomeço”.
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