Você sabe qual o salário mínimo em Portugal? Pergunto isso porque ao planejar a abertura de uma empresa ou a internacionalização dela, é necessário considerar todos os gastos financeiros que virão pela frente.

Saber o salário mínimo e todos os custos que envolvem a contratação de um novo funcionário é mais do que necessário, sendo uma informação que pode mudar o rumo da abertura da sua empresa, por exemplo. Ou do avanço dela, não é mesmo?

Para entender o cenário mais amplo, de abertura de uma empresa e os custos envolvidos nesse projeto, sugiro a leitura do conteúdo: Quais são os custos e despesas para manter uma empresa em Portugal? 

Pois então, respondendo à pergunta inicial, o salário mínimo em Portugal hoje (texto escrito em janeiro de 2021) é de 665€, ajustado pelo, então presidente, Marcelo Rebelo de Sousa. Mas, isso não quer dizer que o custo de ter um funcionário contratado pela sua empresa seja somente esse.

E é justamente por esse motivo que escrevemos esse texto, para te mostrar os custos que estão por trás da contratação de um colaborador em Portugal. Preparado? Papel e caneta na mão e vamos compreender melhor o cenário português.

Salário mínimo em Portugal: o custo real para as empresas

Apesar de Portugal ter um salário mínimo e várias similaridades com o Brasil, nem tudo é igual. A começar pelo sistema de pagamento e de execução:

Em Portugal, um funcionário trabalha 11 meses ao ano e recebe o equivalente a 14 meses de salário – também ao ano. Isso porque, no país lusitano, é realizado o pagamento das férias (o funcionário recebe 2 dias úteis de folga a cada 1 mês trabalhado), o pagamento do 13º, e também o pagamento do que eles chamam de subsídio de Natal.

Ou seja, a cada contratação é preciso levar em consideração que ao longo do ano serão realizados os pagamentos de 14 salários.

Benefícios fornecidos pelas empresas

O custo não para no salário, como vimos acima. Inclusive, há diversos benefícios que também precisam ser considerados.

Agora que você já sabe sobre o pagamento do salário de funcionário – e claro, essa informação de 14 pagamentos ao ano serve de forma geral, não se limitando apenas ao salário mínimo – vamos a essa segunda etapa, para entender quais são os benefícios e os reais custos que eles geram para as empresas.

Aqui você confere uma listinha com os benefícios fixos mensais:

• Contribuição Segurança Social (TSU)

Essa contribuição é paga tanto pela empresa quanto pelo colaborador e é feita em cima do salário base e benefícios complementares não isentos de cada colaborador.

A taxa total é de 34,75%, sendo:

23,75% pago pela empresa

E 11% pago pelo próprio funcionário

• Seguro Acidente de Trabalho

Este é um custo obrigatório, mas não tem um valor fixo. A contribuição costuma ser de 1% em cima do salário por colaborador, liquidados em uma base de 14 meses.

• Férias

Como mencionado acima, a cada um mês trabalhado, o colaborador recebe 2 dias de férias. E na soma dos salários anuais – que totalizam 14 salários – um deles é destinado ao período de férias.

• Alimentação

O benefício de alimentação pode variar um pouco, tendo duas opções disponíveis para pagamento.

Ele é oferecido por 11 meses ao ano, que são os meses de trabalho de cada funcionário – não sendo pago no período de férias.

Uma das opções disponíveis, que pode sofrer algumas variações no valor, teve em 2019 o limite diário era de 4,77€.

A segunda opção é um cartão refeição (similar aos tickets que temos aqui no Brasil), também podendo sofrer alterações em seus valores, chegando ao limite de 7,63€.

• Outros gastos

Alguns outros benefícios também podem ser oferecidos, variando muito da empresa e profissão designada. Isso ocorre bastante em áreas da medicina, ou que envolvam higiene e segurança do trabalho.

Custo colocado na prática

Para entender melhor todos esses benefícios e realizar um cálculo real do que falamos, na visão de uma empresa, compartilho aqui com você uma calculadora on-line, em que é possível verificar as condições de cada colaborador e simular o ganho do colaborador e o custo da empresa.

Aqui é possível considerar, inclusive, se há dependentes ou não – e os valores de benefícios como o de alimentação, por exemplo.

https://pmesalarios.pt/simulacao/custofunc

Pronto para dar o próximo passo abrindo sua própria empresa em Portugal ou contratando um novo funcionário?

Se a primeira opção tem tudo a ver com a fase que você se encontra, o texto Como abrir uma empresa em Portugal pode ser complementar.