Portugal: Um hub para as empresas de cibersegurança
Nos últimos anos, Portugal tem experimentado um crescimento exponencial no uso da tecnologia e da internet em todos os setores da sociedade. Com esse avanço, surge também uma crescente preocupação com a segurança cibernética – ou cibersegurança.
À medida que indivíduos, empresas e instituições governamentais se tornam mais dependentes da conectividade digital, os riscos associados aos ataques cibernéticos tornam-se cada vez mais significativos. Neste contexto, compreender a paisagem da cibersegurança em Portugal torna-se essencial para proteger os ativos digitais e garantir a continuidade das operações críticas.
Este texto analisará os desafios, iniciativas e avanços relacionados à cibersegurança no contexto português, destacando as medidas adotadas pelo governo, setor privado e sociedade civil para enfrentar as ameaças digitais emergentes.
Para empresários e investidores interessados em internacionalizar seus negócios, a tecnologia desempenha um papel crucial na superação de desafios logísticos e na facilitação do comércio internacional.
Plataformas de comércio eletrônico, sistemas de pagamento digital e soluções de logística baseadas em tecnologia são componentes essenciais para expandir operações para o mercado português.
Além disso, a implementação de tecnologias como blockchain pode melhorar a transparência e a segurança nas transações comerciais, o que é especialmente relevante em um contexto internacional.
Lei também “O Impacto da Tecnologia na Transformação dos Negócios em Portugal”.
Segundo o jornal Expresso, em 2022, Portugal viveu o ano com maior número de ataques cibernéticos alguma vez em vários setores da economia, da banca aos media, passando pela saúde ou transportes. “Em termos de casos com elevado impacto em Portugal, durante o primeiro trimestre de 2022 ocorreu um conjunto de ações maliciosas com efeitos muito disruptivos. O ano foi marcado por ataques de ransomware, redundando, por vezes, em divulgação de dados”, escreve o Centro Nacional de Cibersegurança nos seu “Relatório Riscos e Conflitos 2023”. A visibilidade pública destes crimes “de grande impacto social” deixou cidadãos, empresas e instituições do Estado em alerta.
No país, os ataques cibernéticos representam uma ameaça crescente para indivíduos, empresas e instituições governamentais. Desde ataques de phishing direcionados a indivíduos até sofisticadas campanhas de ransomware que visam grandes organizações, o país enfrenta uma variedade de ameaças digitais.
Além disso, com o aumento do uso de dispositivos conectados à Internet das Coisas (IoT) e a digitalização de processos em setores como saúde, finanças e energia, surgem novos pontos de vulnerabilidade que podem ser explorados por cibercriminosos.
A falta de conscientização sobre segurança cibernética em muitos setores e a subestimação da gravidade das ameaças também contribuem para a vulnerabilidade de Portugal aos ataques cibernéticos.
E o que Portugal está a fazer para aumentar a cibersegurança?
Portugal tem demonstrado um compromisso crescente em fortalecer suas defesas cibernéticas e proteger sua infraestrutura digital contra ameaças.
O país vem adotando uma série de medidas proativas, tanto a nível nacional quanto internacional, para aumentar sua resiliência cibernética. Isso inclui o desenvolvimento e implementação de estratégias nacionais de cibersegurança, a criação de agências e organismos especializados para coordenar esforços neste domínio e a promoção de parcerias público-privadas para compartilhamento de informações e melhores práticas.
Além disso, Portugal tem investido na formação e capacitação de profissionais em cibersegurança, visando aumentar a conscientização e o conhecimento neste campo crucial. Essas iniciativas refletem o reconhecimento por parte do governo português da importância estratégica da cibersegurança e do papel fundamental que desempenha na proteção dos cidadãos, empresas e infraestrutura do país contra ameaças digitais.
Segundo João Manso, CEO, Redshift, para a o site Itssecurity: “Portugal tem feito um esforço muito grande. Olhando para a Europa, a nossa visão é de que Portugal está a recuperar terreno em algumas áreas de alguns setores, principalmente na indústria, nas telecomunicações, na banca e nos seguros. Em Espanha, por exemplo, as PME estão muitas piores do que Portugal, mas se olharmos para o setor do governo, do Estado, Portugal ainda continua muito atrás em relação à grande maioria dos países, especialmente comparativamente aos do norte da Europa”
Já Bruno Castro, da VisionWare, fala: “Acredito que o próximo mindset em termos de decisões nesta área é ser capaz de não optar pela componente de produto as is, mas ser capaz de adotar modelos de governação de segurança multidisciplinares que envolvem tecnologia e soluções, mas também a parte de compliance e privacidade. Outras abordagens numa visão 360º que, aí sim, se avalie uma solução de EDR ou firewalls como também se avalia a definição de procedimentos ou até planos de recuperação de desastres”
Visando diminuir os crimes digitais, o Secretário de Estado da Digitalização e Modernização Administrativa, Mário Campolargo, e o Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS) apresentam a campanha nacional Internet Segura: #LerAntesClicarDepois, com o propósito de reforçar, junto de todas as pessoas e organizações, a informação sobre o bom uso do ciberespaço.
Essa campanha é composta por uma brochura informativa, cartões com mensagens de alerta e por um kit de vídeos curtos em formato de animação, que tratam temas variados, desde o uso das palavras-passe, as compras online, o cyberbullying, até aos cuidados a ter com as redes sociais, passando pelos perigos a considerar em relação aos ataques através de e-mails, SMS ou telefonemas.
Para além de uma divulgação nas redes sociais, esta campanha tem como parceria a RTP, bem como do Centro Internet Segura (coordenado pelo CNCS), universidades, municípios, empresas e organismos da administração pública para que possa chegar a todas as pessoas independentemente do seu nível de literacia digital.
Além da campanha, o Centro Nacional de Cibersegurança também promoveu o Roadshow Nacional 2022, uma iniciativa que promove a realização de várias sessões de sensibilização deslocalizadas por todo o País sobre o Enquadramento relativo ao Regime Jurídico da Segurança do Ciberespaço e respetiva regulamentação referida no Decreto-Lei n.º 65/2021, de 30 de julho.
A infraestrutura tecnológica avançada, a cultura de inovação e a digitalização dos processos empresariais contribuem para um ambiente propício ao crescimento e à expansão de negócios.
No entanto, é fundamental abordar os desafios com uma abordagem estratégica. Com o suporte adequado, as empresas brasileiras podem não apenas superar os obstáculos, mas também aproveitar ao máximo as oportunidades oferecidas pelo dinâmico mercado português.
Por fim, a combinação da tecnologia como facilitadora e da expertise em internacionalização como guia pode ser a chave para uma entrada bem-sucedida e sustentável no mercado português.
Ainda está com receio de começar seu negócio em terras portuguesas? Venha conversar com a gente e tirar todas as suas dúvidas.
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