As novas tarifas dos EUA redesenham o comércio global. Portugal surge como rota estratégica para empresas brasileiras reduzirem custos, acessarem a Europa e internacionalizarem com apoio do programa Atlantic Hub Scale Out.

Mercado da Saudade em Portugal: vale a pena investir?

Imagine viver num lugar onde o cheiro do pão de queijo fresco atravessa o Atlântico. Onde a música brasileira toca como trilha sonora da saudade. Onde cada loja ou restaurante que carrega um traço do Brasil não é apenas um negócio, mas um abraço emocional. É assim que funciona o chamado “Mercado da Saudade” em Portugal, um universo que mistura memória, pertencimento e oportunidade.

Este segmento não é apenas um nicho; é um ecossistema em expansão, alimentado por quase 500 mil brasileiros vivendo em solo português e um contingente ainda maior de portugueses e luso-descendentes que mantêm uma conexão afetiva com o Brasil. 

Neste artigo, vamos explorar por que este mercado tem despertado tanta atenção e como os empresários podem transformá-lo numa estratégia sólida de expansão — especialmente se contarem com o apoio certo.

O que é o “Mercado da Saudade”?

O Mercado da Saudade é um conjunto de produtos, serviços e experiências voltados para um público que sente falta de sua cultura de origem, no caso, o Brasil. Mas engana-se quem pensa que estamos falando apenas de feijão preto ou guaraná. Esse mercado se desdobra em gastronomia, vestuário, música, eventos culturais, mídia, estética e até mesmo serviços espirituais e terapêuticos.

Com uma comunidade cada vez mais conectada, o consumo da saudade ganha outras camadas: aplicativos com conteúdo brasileiro, marcas de cosméticos importados, shows de artistas nacionais e até clubes de assinatura que entregam kits nostálgicos na porta dos imigrantes.

Essa saudade não é um sentimento negativo; é um elo afetivo que pode ser ativado de maneira inteligente e lucrativa desde que com planejamento e sensibilidade cultural.

Oportunidade de ouro para marcas brasileiras

O desejo de manter vínculos com o Brasil faz com que muitos imigrantes optem por consumir o que já conhecem, o que lhes conforta e os conecta às suas raízes. Nesse sentido, empresas brasileiras que chegam a Portugal com um olhar atento encontram um terreno fértil para lançar ou adaptar seus produtos.

Mas atenção: não basta apenas trazer o que faz sucesso no Brasil. É preciso adaptar a oferta ao contexto europeu, entender questões logísticas, regulatórias e culturais. Por isso, o apoio de especialistas locais como a Atlantic Hub é crucial para que esse processo de internacionalização seja feito com assertividade e consistência, sem desperdiçar recursos ou tempo precioso.

A força dos laços emocionais na decisão de compra

Poucos mercados trabalham com tanta intensidade o poder da emoção como o da saudade. Aqui, as decisões de compra vão além da razão: elas tocam a memória afetiva. Um pastel de feira pode remeter à infância. Um cheiro de tempero pode lembrar a casa da avó. Um sambinha no rádio pode aliviar a solidão de quem está longe de casa.

Empresas que sabem trabalhar esse universo simbólico conseguem se destacar com mais facilidade. O segredo está em criar experiências completas, que não apenas vendem um produto, mas despertam sensações. Isso vale tanto para quem quer abrir um pequeno café com clima brasileiro quanto para grandes marcas que buscam conquistar o público imigrante com campanhas bem direcionadas.

O desafio logístico e regulatório: o que precisa saber

Investir no mercado da saudade exige mais do que boa intenção. Existe uma camada regulatória e logística importante que precisa ser cuidadosamente considerada. A importação de alimentos, por exemplo, está sujeita a regras sanitárias rigorosas da União Europeia. O mesmo vale para cosméticos, produtos infantis e bebidas.

Além disso, é necessário entender os canais de distribuição em Portugal, os hábitos locais de consumo e as melhores estratégias de precificação e marketing. A boa notícia? Tudo isso pode ser simplificado com a ajuda de parceiros experientes. A Atlantic Hub, por exemplo, oferece desde assessoria regulatória até testes de mercado, evitando que empresários cometam erros clássicos como abrir uma loja sem validar a demanda real.

Nichos promissores dentro do mercado da saudade

Dentro deste macrossegmento da saudade, existem nichos ainda mais específicos e altamente promissores. Restaurantes de comida caseira, padarias artesanais, salões de beleza especializados em cabelo afro-brasileiro, escolas de capoeira, lojas de produtos naturais brasileiros, empresas de turismo étnico e até agências de conteúdo digital focadas na diáspora.

Esses nichos são menos concorridos, mas extremamente leais quando bem atendidos. Muitos negócios que começam pequenos acabam se tornando referências comunitárias verdadeiros pontos de encontro da cultura brasileira. E quando uma comunidade reconhece uma marca como “sua”, o potencial de crescimento via boca-a-boca é imenso. A chave? Atender com excelência e autenticidade, respeitando o que a saudade representa para cada cliente.

Como a Atlantic Hub pode te ajudar a transformar saudade em estratégia

Investir em um mercado emocional como este requer um parceiro que compreenda tanto o lado humano quanto o lado técnico do processo. A Atlantic Hub atua justamente nesse cruzamento: com equipes que entendem da burocracia europeia, mas também da alma do imigrante brasileiro.

Desde diagnósticos de mercado até estratégias de entrada, testes práticos, roadshows, aceleração e conexão com investidores, a Atlantic Hub constrói pontes reais entre o sonho de empreender fora e os caminhos viáveis para torná-lo realidade. 

Em vez de investir no escuro, o empresário que conta com esse suporte consegue prever riscos, adaptar produtos, montar uma operação lean e construir marca de forma sólida com um propósito que vai além do lucro: gerar pertencimento e comunidade.

O Mercado da Saudade não é um modismo: é um fenômeno emocional, cultural e econômico. Investir nele é, ao mesmo tempo, um ato de coragem e de empatia. De um lado, o empreendedor aposta em algo que conhece bem. Do outro, oferece a milhares de pessoas aquilo que elas sentem falta todos os dias: um pedaço de casa.

Com preparo, estratégia e parceria, esse mercado pode se tornar não apenas lucrativo, mas inesquecível. E como sempre dizemos aqui na Atlantic Hub: a internacionalização não precisa ser solitária — ela pode (e deve) ser acompanhada de quem conhece os caminhos.

O passo que você precisa dar para tornar a internacionalização uma realidade é  marcar um momento conosco e conversarmos sobre as melhores estratégias para você, sua empresa e sua família.

Tenha certeza de que você está com quem conhece a Europa e construiu bases sólidas em Portugal. Nosso time terá o maior prazer em ajudá-lo neste processo.

Forte abraço e deixe seu comentário para nós.

Sobre o autor,

Benício Filho – Formado em eletrônica, graduado em Teologia pela PUC SP, e Filosofia pela universidade Dom Bosco, Mestre pela Universidade Metodista de São Paulo na área de Educação, MBA pela FGV em Gestão Estratégica e Econômica de Negócios, pós-graduado em Psicanálise pelo Instituto Kadmon de Psicanálise. Atua no mercado de tecnologia desde 1998. Fundador do Grupo Ravel de Tecnologia, Sócio da Core Angels Atlantic (Fundo de Investimento Internacional para Startups), sócio fundador da Agência Incandescente, e sócio fundador da Atlantic Hub e do Conexão Europa Imóveis ambos em Portugal, atua como empresário, escritor e pesquisador das áreas de empreendedorismo, mentoring, liderança, inovação e internacionalização. Em dezembro de 2019, lançou o seu primeiro livro “Vidas Ressignificadas”, em dezembro de 2020 seu segundo “Do Caos ao Recomeço”, e em janeiro de 2022 o último publicado “Metamorfose Empreendedora”.