Gooders finca o pé em Portugal.
Com pouco mais de um ano de vida, a fintech que recompensa quem faz o bem dá o primeiro passo em seu projeto de internacionalização.
Fazer o bem sempre fez bem. Agora, os benfeitores podem receber por isso. É essa a proposta da startup Gooders, fundada em maio de 2018, por quatro brasileiros. O modelo de negócios é um tripé: voluntários (são 15 mil hoje na plataforma no Brasil), organizações não governamentais (12 mil ONGs que anunciam os trabalhos voluntários dos quais precisa) e grandes empresas (60 atualmente que oferecem recompensas aos benfeitores).
Explicando melhor: uma pessoa procura no aplicativo Gooders do celular por um trabalho voluntário ou uma ONG para a qual deseja fazer uma doação em dinheiro; depois de executá-lo recebe Gooders, a moeda virtual da startup; e troca por descontos ou vantagens na aquisição de produtos ou serviços nas empresas parceiras.
“É um programa de recompensas para quem faz o bem”, resume Fábio Procópio, CEO e cofundador da Gooders. Antes, ele tinha uma agência de marketing de causa, mas pensava em algo que fosse mais escalável. “Não há impacto social sem dinheiro”, constata ele. Foi assim que nasceu a Gooders, um projeto com ambição de ser global desde então.
Com apenas um ano de vida, a fintech participou pela primeira vez do Web Summit, o maior evento de tecnologia, empreendedorismo e inovação, que acontece em Portugal. O estande da Gooders, que demonstrava a plataforma de engajamento e motivação, com recompensas reais para aqueles que se dedicam a ajudar a resolver problemas sociais, teve grande repercussão. “Portugal tem um ecossistema de inovação muito forte e é uma porta de entrada para a Europa”, afirma Procópio.
Não demorou a decisão de fincar o pé naquele mercado. Entretanto, Procópio sabia que a facilidade em relação ao idioma não torna tudo fácil, porque aspectos culturais, fiscais e a própria legislação locais são muito diferentes das nossas.
Foi através da Câmara Portuguesa que os sócios da Gooders conheceram a Atlantic Hub, com sede em Lisboa, fundada por brasileiros, que atua em todas as esferas de projetos de internacionalização de empresas. Do primeiro contato ao início da internacionalização da Gooders foram poucos meses.
Primeiro, foi contratado o produto de entrada da Atlantic Hub, o Market Fit, que faz análise sobre a viabilidade e potencial da empresa naquele mercado. Com um cenário que se mostrou bastante favorável, então o processo de internacionalização começou. “A parceria com a Atlantic Hub é interessante. A equipe acompanha tudo de perto, é ágil e flexível”, avisa o CEO da Gooders.
Os planos da startup, que é monetizada por percentual de royalties dos negócios efetuados em sua plataforma – que inclui ainda o marketplace de produtos sociais oferecidos pelas ONGs, a plataforma educacional com vários cursos focados em impacto social e o banco digital –, são audaciosos: “Nossa expectativa é ser um dos principais hubs de impacto social no mercado corporativo mundial. Em três anos, queremos estar nos principais mercados da Europa e avançando também na América Latina, além, é claro, de manter o nosso já bom crescimento no Brasil”, conclui Procópio.
O velho ditado “Fazer o bem sem olhar a quem” até perde um pouco de sentido. Na Gooders, a pessoa escolhe o que quer fazer e para quem quer fazer; em troca, é reconhecida por isso por grandes marcas.
Conheça: www.gooders.com.br
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