Eu escolhi ser investidor anjo
Quando olho minha vida e as experiências que já passei, recordo os inúmeros aprendizados e desafios que fizeram parte da minha carreira. Ser brasileiro e chegar ao topo na vida executiva dentro de grandes corporações globais já poderia ser resumido como um enorme projeto.
A verdade é que temos sempre a chance de fazer escolhas. Esse acredito ser o ponto de partida deste artigo. Você tem a escolha de parar sua carreira, aposentar-se, descansar o descanso dos justos ou recomeçar.
Depois de uma longa carreira, e estou falando de longa mesma, afinal, foram quase quarenta anos diretamente envolvido com algumas das maiores companhias do planeta.
Desde minha formação em 1979 em Engenharia Mecânica, nunca parei. Do jovem idealista com sonhos grandes dentro do coração ao executivo analista sempre muito suportado por dados e convicções estive à frente de grandes grupos como a chinesa Midea.
Talvez o nome não seja muito fácil de assimilar em um primeiro momento. Fundada em 1968 na China, a Midea Group Co Ltda é uma fabricante de eletrodomésticos e condicionadores de ar split, contando com mais de 126 mil colaboradores em diversos países.
Inicialmente, foram lançados condicionadores de ar tipo split residencial e comercial leve, que obtiveram grande aceitação pelos consumidores. Em 2007, a Midea ampliou sua atuação inserindo os equipamentos de grande porte, criando a divisão de soluções de engenharia.
Já em 2009, a empresa aumentou seu portfólio de produtos com a linha de eletrodomésticos e aquecedores de água e gás. Presente no Brasil desde 2006, é dona de marcas conhecidas com presença nacional.
DO BRASIL PARA OS ESTADOS UNIDOS
Como presidente da América Latina, tive a oportunidade de conhecer quase todos os países do nosso continente e morar 12 anos nos EUA.
Foram anos muito bons, sou inclusive cidadão americano em função desta minha passagem por lá.
Destes anos, trago comigo uma experiência cultural muito importante, tratar com diferentes países e culturas auxilia muito a compreender o mundo.
Meu networking e amizades também foram extrapoladas para o mundo. Sentimos mesmo que o mundo é pequeno a partir do momento que estamos em contato com outros povos.
Continuo morando no Brasil e novamente por escolha, minha opção foi estar aqui. A convivência à frente de uma grande empresa ligada à tecnologia nos provoca a querer compreender mais nossa relação com o todo.
Esse sentimento aos poucos cresceu e perto do final da minha carreira executiva comecei a tomar contato com o universo das chamadas empresas de impacto, ou como são conhecidas: startups.
O ano era 2018 quando em um evento em São Paulo promovido pela Anjos do Brasil, comecei a entender este universo e, como dizem no mercado, ser picado pelo vírus das startups.
CORE ANGELS ATLANTIC, INVESTIMOS EM STARTUPS BRASILEIRAS
Quero levar a você ao longo dos textos, minhas experiências e aprendizados com este mundo ligado ao investimento de startups.
Mas para começarmos, devo dizer a você que um dos motivos que me fizeram começar a tentar entendê-lo foi justamente aquele sentimento de não parar a vida depois que terminamos um ciclo.
Estar próximo das startups traz uma nova tônica de inovação e entrega. Neste universo chamamos o nosso conhecimento vivido de Smart Money. Aprendi que eu podia colaborar muito com empreendedores em fases iniciais.
Minha experiência mundial era o que chamavam de dinheiro inteligente. Meu conhecimento tem um valor especial neste ecossistema. Claro que também aporto capital financeiro, mas poder contribuir com meu conhecimento vale muito para mim.
Em artigos futuros, vou apresentar em detalhes a você a Core Angels Atlantic mas desde já, quero que saiba que existe um movimento de investidores em Portugal que aportam capital em startups brasileiras.
Isso mesmo. Nossas startups tem lugar no mundo e até para mim, alguém que conhece o mundo, isso foi surpresa.
Você precisa saber mais sobre isso e entender que podemos fazer a diferença neste mercado. Investir em empreendedores que estão resolvendo problemas verdadeiros também é uma escolha.
Ter investimentos olhando apenas a rentabilidade é uma opção válida. Mas investir parte dos recursos em startups tem um propósito diferente.
Aprendi muito nestes anos que estou no mundo das startups. Assim como eu, você tem muito a contribuir para estes empreendedores.
Acredite, é uma questão de escolha estar deste lado da mesa.
Se quiser entender como, acesse o link e agende um momento comigo. João Guetter | LinkedIn
Forte abraço e até o próximo conteúdo.
Sobre o autor,
João Cláudio Guetter: Profissional sênior com uma longa experiência na indústria de eletrodomésticos no Brasil & América Latina. Ocupou posições de presidente de empresas multinacionais, Grupo lectrolux e Grupo Midea, focado na formação de equipes de alta eficiência. Formado em Engenharia Mecânica pela UFPR e com dois MBAs pela PUCPR e PUCRS e vários cursos de extensão universitária na Duke University, Harvard e MIT. Conselheiro certificado pelo IBGC e investidor anjo pela Anjos do Brasil, Curitiba Angels e Cores Angels Atlantic (Portugal).
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