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Comprar uma empresa portuguesa: Fusões e aquisições (M&A) em Portugal

Capa do PostPostado em 12 de novembro de 2025
Tempo de leitura: 6 minutos

Comprar uma empresa portuguesa pode acelerar a internacionalização. Entenda o mercado de M&A, vantagens, riscos, modelos de aquisição e como aplicar essa estratégia dentro do conceito de Scale Out.

Comprar uma empresa portuguesa: Fusões e aquisições (M&A) em Portugal

Expandir internacionalmente é o sonho de muitos empresários brasileiros, mas e se a verdadeira porta de entrada para o mercado europeu não for começar do zero, e sim assumir o controle do que já existe?

Comprar uma empresa portuguesa pode ser, ao mesmo tempo, um atalho estratégico e um desafio emocional. Um atalho, porque você ganha acesso imediato a mercado, clientes, operações e, em muitos casos, reputação. Um desafio, porque envolve entender cultura, regulação, due diligence e, sobretudo, a arte da negociação em solo estrangeiro.

Portugal vem se consolidando como um dos destinos preferidos para brasileiros que desejam escalar negócios com base sólida, ambiente estável e conexão com a União Europeia. Mas quando se trata de fusões e aquisições (M&A), os caminhos são outros  mais sofisticados, mais intensos, e com potencial multiplicador quando bem conduzidos.

Por que comprar um empresa portugues e não criar? A lógica estratégica por trás do M&A

Empreender do zero em outro país parece um gesto nobre. Um salto corajoso. Mas nem sempre é o caminho mais sábio. Começar um negócio internacional do zero pode ser lento, arriscado e altamente dispendioso. Envolve conhecer a fundo o ambiente regulatório, criar do nada uma base de clientes, construir uma reputação do zero, tudo isso sem garantia de tração. E isso leva tempo. 

Por outro lado, comprar uma empresa já existente significa acelerar esse processo de entrada. Você não precisa explicar à sociedade portuguesa o que é sua marca, ela já está ali, visível, com CNPJ local, contratos assinados, histórico construído e reputação já sedimentada. Esse movimento dá a você o que eu chamo de “posicionamento imediato de credibilidade”. Você chega como alguém que já opera, já entrega, já serve. Não como alguém que ainda vai tentar.

Além disso, M&A permite aproveitar sinergias valiosas: você pode injetar capital, trazer novos produtos, expandir a empresa adquirida para novos mercados ou mesmo absorver competências técnicas ou comerciais que ela já possui. Muitas vezes, adquirir é uma forma de “importar inteligência local”.

A pergunta que fica: você está buscando protagonismo internacional ou apenas presença geográfica? Porque quem quer protagonismo precisa entrar jogando e comprar uma empresa pode ser a sua titularidade direta no jogo europeu.

O mercado português de M&A: terreno fértil ou campo minado?

O ecossistema português vive uma fase interessante e contraditória. De um lado, há estabilidade política, incentivos à inovação, economia aberta, laços históricos com o Brasil e acesso irrestrito à União Europeia. De outro, há desafios estruturais, como baixa densidade populacional, processos burocráticos e um certo conservadorismo empresarial especialmente fora dos centros urbanos.

No campo do M&A, isso cria uma situação curiosa: há muitas boas empresas à venda, especialmente de pequeno e médio porte, e muitas delas familiares. Essas empresas, muitas vezes, enfrentam o dilema da sucessão: os filhos não querem tocar o negócio, os fundadores querem se aposentar, mas desejam deixar o legado em mãos confiáveis. É aí que o investidor brasileiro pode fazer sentido.

Setores como tecnologia, saúde, energia limpa, turismo, agro indústria e logística têm sido os mais ativos em operações de compra e fusão. Mas o sucesso da operação depende da leitura correta de contexto, timing e narrativa. Portugal não compra bem a ideia do “brasileiro salvador” ele valoriza parcerias respeitosas e aproximações discretas.

Por isso, todo cuidado é pouco. Um movimento mal feito pode transformar um terreno fértil em campo minado. Você sabe ler os silêncios culturais que acompanham uma negociação portuguesa? Porque eles dizem tanto quanto os contratos.

Diligência, compliance e cultura: o tripé invisível do sucesso

Ao comprar uma empresa portuguesa, você adquire também o seu passado e tudo o que ele carrega. Pode ser uma história linda ou um rastro de problemas ocultos. E acredite: eles nem sempre estão nas planilhas.

A due diligence, etapa essencial do processo de M&A, precisa ir muito além das finanças. Em Portugal, é crucial olhar também os contratos de trabalho (que possuem particularidades europeias), pendências com o fisco, processos judiciais em curso, questões ambientais e, claro, o nível de conformidade com normas europeias, como a temida GDPR, que regula proteção de dados e pode gerar multas altíssimas.

Mas há uma camada ainda mais invisível e talvez mais crítica: a cultura. Como é o estilo de liderança da empresa? Como os funcionários encaram mudanças? O atual gestor é centralizador ou colaborativo? A empresa é tradicional ou inovadora? A cultura portuguesa tende a ser mais formal, mais hierárquica e com forte valorização da estabilidade.

Ignorar isso pode minar a integração. Você pode ter comprado uma empresa no papel, mas não terá comprado a alma e sem alma, o negócio não se sustenta.

Modelos de aquisição: total, parcial ou fusão estratégica?

Nem todo movimento de M&A precisa ser uma aquisição completa. Dependendo da sua estratégia e do apetite para risco, há diversas formas de entrar no jogo:

Aquisição total (100% do capital) garante controle absoluto, mas exige maior comprometimento e exposição;

Entrada parcial, com compra de uma participação e possibilidade de aumento progressivo, permite uma fase de transição com menor risco;

Fusão estratégica, onde duas empresas se integram para somar forças em um novo CNPJ, é ideal quando há complementaridade de competências.

Cada modelo tem implicações fiscais, jurídicas e operacionais diferentes. Mais do que escolher o modelo mais “moderno”, o ideal é escolher o que mais se alinha à sua ambição. Há empresários que buscam expandir seu portfólio. Outros querem plantar uma bandeira. Outros, ainda, querem construir com alguém local. Tudo isso é legítimo  desde que consciente.

O papel da assessoria local: sem bússola, não há travessia

Não adianta romantizar. Comprar uma empresa em Portugal envolve uma teia complexa de legislações, contratos, protocolos e negociações. E sem uma assessoria local competente, você estará basicamente jogando roleta russa com sua reputação e seu capital.

Você precisa de um time multidisciplinar que envolva:

  • Advogados especializados em M&A internacional com trânsito em Brasil e Portugal;
  • Consultores com experiência prática em fusões, negociações e integração cultural;
  • Contadores e auditores que entendam as diferenças entre IFRS, normas brasileiras e exigências fiscais europeias;
  • Eventualmente, um business broker ou intermediário local com credibilidade para ajudar na aproximação inicial.

Esse time não é só técnico, ele é estratégico. São eles que vão traduzir não apenas leis, mas comportamentos. Vão dizer quando você está sendo agressivo demais, quando está oferecendo pouco, ou quando precisa simplesmente… esperar.

Da compra à integração: o verdadeiro trabalho começa depois do contrato

Muitos empresários acham que o ápice do processo de M&A é a assinatura do contrato. Ledo engano. Esse é apenas o começo. O verdadeiro teste vem na integração pós-aquisição e é ali que as maiores empresas tropeçam.

É nesse momento que começa o desafio de alinhar culturas, revisar processos, unificar equipes, integrar sistemas, e principalmente: gerar confiança. E confiança não se compra com papel timbrado. Ela é construída no dia a dia, no respeito ao legado da empresa adquirida, na comunicação aberta e na escuta ativa dos colaboradores locais.

Sem uma integração bem feita, as sinergias planejadas nunca se realizam. Funcionários-chave saem, clientes se perdem, processos emperram e o sonho de expansão vira um pesadelo administrativo.

É aqui que o conceito de Scale Out ganha vida real. Porque escalar fora do país exige muito mais do que capital exige liderança empática, presença ativa e uma capacidade quase artesanal de unir o que já existe com o que está por vir.

Conectando com o Scale Out: escalar com inteligência, assumir com propósito

O conceito de Scale Out, que propomos como um novo paradigma da internacionalização inteligente, se baseia em três grandes pilares: crescer com rede, com lastro e com legado. E poucas estratégias são tão aderentes a esse modelo quanto a compra de uma empresa já estabelecida no país-alvo.

Ao optar por um processo de M&A em Portugal, o empresário brasileiro não apenas amplia sua presença geográfica, ele se conecta a uma história que já pulsa, a um ecossistema que já funciona e a uma base de relações que já existe. Ele entra não como forasteiro, mas como herdeiro de uma jornada empresarial que pode ser revitalizada, inovada, transformada.

Scale Out não é colonizar. É conectar e expandir com respeito e estratégia. É entender que escalar globalmente não é sair abrindo filiais a esmo, mas escolher com inteligência onde, com quem e com qual profundidade se deve fincar os pés. E, nesse sentido, comprar uma empresa portuguesa pode ser uma das formas mais elegantes e eficazes de escalar com propósito.

No mundo pós-global, quem faz M&A com sensibilidade e inteligência está vários passos à frente. Porque o futuro da internacionalização não está em dominar o mercado, mas em pertencer a ele.

O passo que você precisa dar para tornar a internacionalização uma realidade é  marcar um momento conosco e conversarmos sobre as melhores estratégias para você, sua empresa e sua família.

Tenha certeza de que você está com quem conhece a Europa e construiu bases sólidas em Portugal. Nosso time terá o maior prazer em ajudá-lo neste processo.

Forte abraço e deixe seu comentário para nós.

Sobre o autor,

Benício Filho – Formado em eletrônica, graduado em Teologia pela PUC SP, e Filosofia pela universidade Dom Bosco, Mestre pela Universidade Metodista de São Paulo na área de Educação, MBA pela FGV em Gestão Estratégica e Econômica de Negócios, pós-graduado em Psicanálise pelo Instituto Kadmon de Psicanálise. Atua no mercado de tecnologia desde 1998. Fundador do Grupo Ravel de Tecnologia, Sócio da Core Angels Atlantic (Fundo de Investimento Internacional para Startups), sócio fundador da Agência Incandescente, e sócio fundador da Atlantic Hub e do Conexão Europa Imóveis ambos em Portugal, atua como empresário, escritor e pesquisador das áreas de empreendedorismo, mentoring, liderança, inovação e internacionalização. Em dezembro de 2019, lançou o seu primeiro livro “Vidas Ressignificadas”, em dezembro de 2020 seu segundo “Do Caos ao Recomeço”, e em janeiro de 2022 o último publicado “Metamorfose Empreendedora”.

Benicio Jose de Oliveira Filho

Benicio Jose de Oliveira Filho

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